segunda-feira, 14 de junho de 2010

Diferenças!

Diferenças/ângulos, pontos de vista/opiniões, censuras/julgamentos, que interessa? O que conta realmente é o que sinto por ti aqui e agora, ontem/hoje, amanha/sempre… Opiniões há sempre, contrárias, à boleia, para armar, para fingir… Estes novos mundos virtuais ou não transportam as pessoas para um mundo de fantasia fácil e muitas vezes oportunista. Constroem-se páginas cheias de cor, de espectáculo, e tantas vezes tudo espremido dá em quase nada, para não dizer nada. Parece assim, sabes? Que o mundo da malta se transformou todo em tipo malta, tudo fixe, mas será real? Onde está aquele ombro seguro, aquelas cartas que chegavam pelo correio, cobertas de palavras de verdade, confessadas pelo próprio punho com cunho de verdade. Começou pelas mensagens de telemóvel, frases arrojadas e fáceis, de quem quase deixou de ter cara, apenas teclas. De onde teclas???

Eu já embalei tantas vezes nesse facilitismo que quando te olho nos olhos até me sinto mesquinha.
Que saudades dos tempos onde tudo era mais longe e mais verdadeiro. Quero parar e falar para ti. Assim olhos nos olhos. Contar-te a minha história, docemente ao por do sol, na praia de sempre onde sonhei ter a força do mar, a cor laranja do sol ao deitar-se, cravada na alma e no coração, de passagem de testemunhos que sempre julguei merecer. Sei que às vezes preferes saltar as minhas partes mais tristes, sei que não gostas de me ver sofrer, mas crescer, vencer a dor, é isso mesmo, enterrar os fantasmas, ou lavando a alma lentamente, na esperança de ser apenas entendido.

Sei que não entendes os meus momentos mais tristes, o meu desespero, o meu constante ranger de dentes enquanto durmo, que te perturba, e que realmente pensas que nada me falta para ser feliz, mas eu não encontro o botão do off do passado. Não consigo virar assim a página de repente, porque já me deixaram vezes demais, já me magoei outras tantas.

Apenas o tempo, a paciência, e a força de verde-mar me poderá um dia fazer escrever de uma vez por todas o meu virar da página.
E o teu sorriso aberto!
Maria Sá Carneiro

2 comentários:

  1. Maria... leio muito mas raramente comento..por todas as razões que mencionas !!
    Gostei, gosto e vou quase de certeza continuar a gostar, porque chamas tudo pelo seu verdadeiro nome !

    Beijo
    Joana ... a Jones ;)

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