sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Saudade!

Adormeci com esta música e acordei com ela. Lembras-te?
Sonhei com aqueles dias passados contigo na cama, em que eu me entregava a ti, como só o fiz a ti e para ti.
Momentos de paixão ardente, beijos longos, festas e carícias! Como eu te amava e me dava a amar!
Fazias-me sentir mulher amada e tua! Bonita por dentro e por fora. Contigo aprendi a amar e a ser mulher. Foi contigo que descobri os jogos de amor e de paixão,
Quando me encostava no teu peito forte, e me fazias festas no cabelo. Lembras-te a pressa que tantas vezes tínhamos de chegar a casa? Quantas vezes mal entravamos a porta, já íamos aos beijos!
Ias-me despindo até ao quarto, como eu me sentia desejada!
Devagar tomavas o meu corpo com beijos quentes, tudo era teu, dos pés à cabeça. Estremecias quando eu passava a mão pelas costas, emocionavas-te quando te punha as duas mãos na cara.
Manhas de domingo que se prolongavam tarde dentro, onde o pequeno-almoço, já era hora de almoço, quando finalmente nos decidíamos por uma piza, para continuarmos a fazer amor.
De mim fizeste mulher, a ti dei-te o colo que sempre tiveste vergonha de pedir!

M

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

De Nós!


Não sei se me sorria, se solte as lágrimas que tenho em mim. Sonhei outra vez com essa planície doce, a toalha do nosso pic-nic, o sol forte o cheiro do nosso mar!
Não quero estar triste, ainda retenho a imagem desses momentos, quero seguir sorrindo nesse trilho da vida que algures nos separou. Não ser uma chata arrastada, melada e melancólica, que parece que nunca conheceu o cheiro doce de uma noite de amor.
Não quero ser uma obcecada porque já não ter esse ombro forte que tantas vezes me ajudou a lavar a alma, tivemo-nos um ao outro, tanta gente que nem chega a conhecer esse sabor.
Mas fazes-me falta, para me fazer sorrir e chorar ao mesmo tempo.
Este sonho levou-me a tomar a decisão de partir em busca, não de ti, mas de mim. Estou cansada da vida de suposto sucesso que apenas me arrasto em sorrisos forçados, algumas vénias necessárias, em que me sinto a vender a alma ao diabo.
Estou cansada de mim, do meu cansaço… Foi bom enquanto durou, mas agora tenho que me encontrar, e de encontrar uma forma de viver em paz e pela paz!
Vou guardar esse abraço terno e doce, onde partilhamos essa onda de amor e de paixão, noites em claro entre risos e beijos. Vou continuar sempre de quando em vez a sonhar contigo, porque só nesse sonho mereces estar, já que fugiste da vida. E nele vou guardar a menina que fui no teu colo, e a mulher que te amou à loucura, nos teus braços, essas lembranças são minhas e para mim.
Segues de olhos vendados o teu caminho traindo o que mais sério tiveste na vida, nós!
Eu vou procurar um lugar onde sei que faço falta, onde vou puder amar e ajudar quem precisa de um lugar ao sol, e sei que vou encontrar a paz que necessito.
Serás apenas o que escolheste ser, um pedaço de sonho, embrulhado em papel vegetal!

M

Fotografia - Manuela Sá Carneiro
Música escolhida pela Luísa para este texto

Marina Lima - "Que Ainda Virão"

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Saudades



Vagueio pela marina, no meio dos barcos, procuro-te com angústia… Tanto tempo que não te abraço. Queria tanto mais um beijo e um abraço!
Quando partiste perdi o melhor de mim, vi-me rodeada de um mundo onde só tu fazias a diferença, eras o meu porto seguro, o meu sorriso e a minha esperança!

O meu corpo tem-se deixado abandonar, falta-lhe a tua força e o teu amor! Têm sido anos duros, tristes, onde a solidão e a falta de afecto fazem o meu corpo perecer. Sempre soube que o meu amor por ti era a força motora para aguentar as discussões e os ódios de estimação que nos rodeavam.

Mas confesso que nunca pensei ter cada vez mais saudades! Na minha alma tenho gravado o teu sorriso transparente, é a ele que recorro sempre que tenho vontade de me deixar abandonar. Sempre que tenho a tentação de me entregar à doença, sinto-te em mim!

Entras na minha alma com a força do mar, envolvendo-me num abraço intenso com sabor a sal. Sei que queres que eu continue! Entrelaçaste e misturas-te comigo para que eu continue a lutar.

Assim o tenho feito, pois continuo a precisar muito de ti, e não quero trair esse sorriso lindo que me legaste.

Agora me dou conta… Mandaste-me alguém que me abraçar! Claro só podias ter sido tu! Sim é melhor assim! Tens razão! Esse abraço ajuda-me e sim prometo-te continuar a lutar, por mim e por ti, que tinhas direito a continuar a iluminar a vida e os outros com esse sorriso transparente!

Com todo o meu amor

Maria

Fotografia - Manuela de Sá Carneiro

Música escolhida pela Luísa para este texto!


Eric Clapton - "Somewhere Over The Rainbow"

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Chuva!

Não sei o que me faço, ou desfaço. Sinto a morte rondar-me. Será loucura?
Ou será da chuva? Esse intermitente bater da água no meu vidro que chama por mim.
Hoje sim, precisava de me purificar, lavar a alma, arrancar do corpo esse feitiço da terra, que por vezes me consome. Fico assim como na tona, flutuando no meu lodo, naquelas experiencias que vivi em nome da liberdade!
Qual liberdade? Desespero de gente nova, que não sabe dar nome ao amor! Gente que passa deixando um rastro de desamor, meninos e meninas que não tiveram direito ao peito da Mãe, ao colo doce junto da lareira, ao simples puxar dos lençóis, e ao beijo de Pai.
Essa raiva que se acumulou desperta a cada nova história de gente mal amada, transporta-me para a infância que amava ter tido, reconheço até, que me faz muitas vezes zangar comigo e com o mundo!
Gestos simples, carinhos imensos que nos fazem dar passos seguros, neste trilho da vida.
Este vacilar ou inconstância proveniente de vidas mal amadas, levanta-me sempre a dúvida.
Será assim tão complicado amar?

Maria

Fotografia - Manuela de Sá Carneiro
Música escolhida para o texto pela Luísa
George Harrison - "While My Guitar Gently Weeps"

Choro!


Choro sem razão aparente,
Saudades de nós?
Ouço a chuva cair,
Tenho frio e saudade.

Partiste num dia assim,
Frio, chuvoso e triste.
Não percebi a tua ida,
Para onde foste?

Sonhei e sonho contigo,
Desespero por ti.
Sempre te amei tanto!
Uma palavra apenas!

Continuo aqui,
A olhar a janela.
A sentir a chuva cair,
Tonta a pensar em ti!

Que tenhas alguém,
Parece-me verdade.
Alguém que te satisfaça,
Mas que te ame assim?

Não creio!


Maria

Fotografia - Manuela de Sá Carneiro
Música escolhida para o texto pela Luísa

Sade - "Why Can't We Live Together"

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Porque Eu Sei Que É Amor

Fotografia Manuela de Sá Carneiro

(esta fotografia foi tirada em Boavista, Cabo Verde, na escolinha São Cristovão. um bem haja para estas mininas Maria Santos Silva, Manuela de Sá Carneiro e Maria Sá Carneiro e para outras tantas pessoas que ajudam a manter esta escolinha. um dia eu vou estar lá, prometo a mim mesma...)


Alguém!


Hoje escrevo para mim, e só para mim. Não para ti que vais imaginar que falo de ti, não para ti que vais imaginar-te no meu lugar.
Sem outras peles ou colagens, deixo-me abater nestas linhas! Quero apenas deixar sair a minha dor e a minha tristeza. Não lhe sinto nem a cor, nem o formato. Apenas dor e solidão!
Talvez seja o cansaço de muita estrada percorrida, muitas viagens sem destino certo, e sem ninguém à minha espera!
Faz-me falta um abraço, um gesto, ou apenas um sorriso!
Alguém que me aguarde, e que fique feliz com o que lhe trago, uma prenda, uma história, uma piada nova, alguém que simplesmente goste de mim, independentemente do meu ar cansado, das minhas olheiras. Poderia descer ao limiar do desejo e pedir alguém que pura e simplesmente não me critique... Mas seria demais!
Será tão complicado gostarmos de alguém única e exclusivamente por aquilo que ela é?
Sem nenhuma aplicação virtual, sem capas nem enfeites, apenas porque ela nos é querida. Poderá o mundo ter menos adereços e etiquetas?
Entramos num mundo revolto, cheio de mentiras e capas, onde o amor passou a ser não uma razão para sermos felizes, mas um monte amachucado de razões de psiquiatria, terapia ou seja lá o que for
A aparência de fortaleza ou loucura humana de negar o mais básico que necessitamos para viver em vez de sobreviver, seguimos assim um trilho de várias marcas que ninguém adivinha de outlet, ou não, pensando sempre que melhor estará para vir! Será?
E o hoje, o agora? O meu beijo, o meu abraço?
A quem dou? Serei assim tão pouco para não ter a quem dar? Ou serei assim tanto que ninguém se chega para eu os dar?
Mas afinal para onde me dirigo, para mil e uma coisas que devo, tenho que fazer? Ou zango-me comigo por ter entrado nesse trilho fútil e fácil, onde sou a maior da minha rua, que só tem a minha casa?
Alguém me diga onde procuro por mim, alguém me empreste um espelho onde me procure! O meu está envelhecido e embaciado, preciso de uma luz que me guie, que me mostre que eu valho a pena como ser humano!
Alguém...

Maria

sábado, 10 de outubro de 2009

La Portugueza Feels Better

"Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização"
Martin Luther King
Santana and Steven Tyler- "Just feel better"

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Amor!

Pedes-me um poema para ti,
Entendo que me queres sentir.
Que eu te abra o meu coração,
Te mostre a cor da minha alma!

Queres sentir nos meus versos,
O calor do meu beijo que desejas.
Despir-me pelas palavras,
Para abraçares a minha alma.

Queres-me toda,inteira,
Não um bocado de muita coisa.
Procuras a Menina triste,
A quem queres dar colo!

Para me embalares num abraço,
Que terá o teu calor e o teu nome,
Assim me vou entregando a ti,
Não pelo corpo mas pela alma.

Aqui estou à espera,
Que me tomes como tua!

Maria

Sem rótulos!


Quebrou-se o encanto,
Que estava à distância de um beijo.
Um laço incondicional de amor,
Um abraço de cumplicidade.

Compreendo que cresças,
Afinal crescemos todos!
Mas queria guardar esse teu sorriso,
Sempre na minha alma!

Esse sorriso que sempre me recebeu,
Quando tudo estava mal.
Esse amor incondicional,
Que me sustentou e deu alento.

Saberei esperar por ti,
Sei que os anos te farão voltar.
Todos acabamos por regressar,
A um porto seguro e doce!

Aqui estarei para ti.
Sempre de braços abertos!

Maria



Fotografia Manuela Sá Carneiro

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Encontro!

Procuro por ti, preciso de te encontrar. Vislumbrar-te, para me entender!
Sinto a tua presença, julgo até saber o teu nome… Mas ainda não consigo abstrair de uma vida de regras, de imposições e de certezas absolutas, para sentir o teu cheiro e a tua cor.

Sei que vais esperar por mim, até que eu esteja pronta, para o nosso encontro, talvez, quem sabe? Tenho medo de me entregar a ti, daí a dificuldade que tenho em te ver.


Mas bem sabes que te sinto, em cada pequeno gesto que faço, que te dou as boas vindas, mas apenas preciso de um tempo, para arrumar um passado duro e confuso, em que me programaram para ser apenas uma sombra!

Sei que o passado está a ficar mais distante, sei até que já não me consigo zangar, sei que o que me move ainda é a dor, mas já não é a raiva, já não é a vontade de morrer, já não é o medo.


Trouxeste-me um bem-estar pacífico, uma vontade de me aprender e de me amar. Deixar de viver em função de tudo e de todos, para apenas ser verdadeiramente minha e de alguns, merecedores do meu amor, porque por mim nutrem esse mesmo amor incondicional!

Nunca é tarde, mas o passado ainda me trás alguma nostalgia, de tanto sofrido o tornei, apenas para não me ver, não me sentir.

Contigo sei que tudo é já diferente, que deixei de estar na sombra e na saudade permanente, para começar a acordar com vontade de viver para mim, e para os meus.

Por isso sei que nos vamos encontrar! :)

Musica escolhida pela Luísa


Solomon Burke - Soul Searchin'