sábado, 25 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Momentos!






Vagueio pelas ruas desertas,
Chove torrencialmente e não te vejo.
Os meus olhos anseiam encontrar-te,
Ando de rua em rua em desespero!

Desespero por te ver, tocar e sentir,
Sinto-me mais só e pequena.
Continuo a andar sem direcção certa,
Apenas procuro por ti!

Já não sei passar sem ti,
Habituei-me ao teu colo forte!
Ao teu abraço fechado e quente,
Sim, eu sei amor, são momentos!

Momentos que se arrastam,
E que me vão corroendo a alma.
Só contigo encontrei a paz,
Deixo-me abater pelo cansaço!

Volto sem ti para casa,
Na esperança que o sol nasça rápido,
Mergulho no nosso sofá de sempre,
Deixo-me embalar pelas recordações.

Adormeço num sono agitado,
Sei que vou sonhar de ti!
Na esperança de acordar em ti,
Nesse nosso abraço verde-mar!
Maria

sábado, 18 de setembro de 2010

Parabéns Luísa!



Queria escrever-te palavras bonitas que mereces, temo não ter o talento suficiente que te dê alento para superares esse frio que tantas vezes te percorre a espinha. Sei de cor esse sentimento que te invade vezes de mais. Libertar-te desse suspiro de tempos bons mas longínquos.

Se há alguém que merece sentir um amor incondicional és de facto tu! Admiro a pureza dos teus sentimentos e a maneira simples e bonita como és intrinsecamente fiel a ti própria. Segues assim tranquila, fiel ao teu passado e aos teus “amores”, não cedes ao que se passa à tua volta, às solicitações fáceis, aos amores de verão, aos pedidos e rangeres dos tempos de facílimos modernos.

Encantas com essa voz que te brota do fundo da alma, cantas com um poder e uma força que cada vez que oiço consegue sempre surpreender-me e emocionar-me. Tantas vezes te chamei a atenção para a pseudo necessidade de prosseguires a tua vida, no meio da minha irrazoável argumentação aprendi contigo que só temos que ser fieis a nós, ao nosso coração, e que não adianta correr à volta, pois acabamos sempre por chegar ao mesmo sitio.

Parabéns por seres exactamente assim! Apenas tu e fiel a ti!

Beijo grande

Maria

When I Was Young...

Ticket To Ride

"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida"
Vinicius de Moraes

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Beijo"

O tempo corre lento e pastoso sem ti, arrasto-me na necessidade de te voltar a ter. Suspiro por esse abraço quente, que me faz pesar a vida que desperdicei por não querer acreditar que seria capaz de voltar a ser de alguém, na verdadeira acepção da palavra. Amar assim simplesmente, sem ter que dar explicações científicas, justificar o ridículo, contigo voltei a sentir o sabor da palavra confiança, respeito, amizade e cumplicidade.
Tenho saudades desse nosso tempo quente e fraterno, onde há lugar para tropeções na fala meia estrangeirada, onde me perco nesse teu colo/porto seguro, deixando-me embalar, na criança que sempre houve em mim, que finalmente encontrou o seu jardim mágico!

Fecho os olhos que me pesam da hora tardia, apenas sinto o calor ténue do sol que esplendoroso começa a dar um ar da sua graça, iluminando os nossos corpos cansados desse abraço fechado. Navego sobre o doce da minha infância, os meus primeiros grandes amores masculinos ainda de formas familiares, volto a sentir essa necessidade que aquele olhar mágico verde, me desafie com um sorriso aberto e franco, nesse jogo/desafio de apenas manter esse olhar forte. Tarefa gigantesca para a miúda sempre necessitada de um abraço, um sorriso, um mimo. Curioso como carregamos até tão tarde, esse amores fortes/desamores, que apenas resolvemos com um amor puro e fraterno. Passa aquela ânsia corporal de amor carnal com o passar dos anos dando lugar a esse amor completo que nos une nesse abraço fechado, que toda a vida sempre sonhei, idealizei, e ansiei!

Ao longe apesar de os meus olhos cerrados por um cansaço feliz, ainda sinto as gargalhadas dos Primos, os desafios do Tio, os ralhetes da Tia! Essa família que tanto contribuiu para eu saborear parte da infância possível, que hoje finalmente abraço em recordações sorridentes. Contigo aprendi o caminho e a confiança para me permitir ser apenas Maria, e não um ser que se arrasta de desejo em desejo, em paradas de figurantes desarticulados com o brilho da minha alma. De mão entrelaçada entrego-me a ser apenas gente na sombra dessa crítica velada, aos quais habituei a pautar a minha existência entre actos ridículas de esforços sobre-humanos/figuras insanas, que lentamente me pincelavam a alma de cinza escuro, roubando-me força entre aplausos falsos/sorrisos desmaiados, de quem me usava ao sabor daquilo que infelizmente imprudentemente me ofereci, ou melhor, me fui pondo a jeito.

Assim adormeço nesse teu/nosso sorriso tranquilo.
"Mico"
Maria Sá Carneiro