sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Preto!

Hoje balanço entre mim e mim. Ora sinto-me vaca/gorda, ora sinto-me velha/morta. A pé antes de o sol raiar porque a cama me queimava, viajo assim arrepiada de frio, paralisada de medo. Afogada ente merda e merda!

Busco alguma luz, alguma vontade de viver, nada encontro, Continuo assim encolhida em mim, recolhida em ti.

Sim sei que insistes que sei escrever e que há tempos que me mendigas uma porcaria de linhas, mas que queres que escreva o pior de mim, ou que te enalteça a ti?

Queres que brilhe nalgumas linhas enquanto definho por dentro? Se eu tivesse uma pincelada de génio, entre o balanço do mar e do verde, seria capaz de te encantar como uma serpente.

Mas falta-me a força de outrora, quando a vida me encantava, o mar me embalava, e eu saltitava assim crente em que o dia chegaria para nós.

A vida foi me corrompendo, entendo-te ainda tens essa imaturidade de acreditar que com um simples clic, me podes transportar a esse passado recente, que para mim apenas se transformou numa miragem.

Queres-me de volta, como te explico que essa morreu? Apenas restou esta velha/morta, vaca/gorda, essas peles gelatinosas que se arrastam à espera da machadada final?

Desculpa não consigo apagar essa mágoa/dor, e sonhar para ti.


Maria

Sem comentários:

Enviar um comentário