quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Apenas!

Busco palavras encantadas para te cantar!

Reconheço que não te sei cantar essas palavras doces, mas quero levar-te ao luar do nosso jardim secreto e murmurar-tas ao ouvido, assim devagar. Quero escutar o brilho da tua alma, dar-te esse abraço fechado e quente, de quem está assim tão simplesmente ao meu lado. Apenas por me apreciar. Apenas por me admirar, e me considerar.

Contigo recordei o que é alguém gostar de nós como seres humanos.

Contigo tenho viajado nesse regresso às boas recordações. Conversas secretas de pequenas inconfidências do passado, pormenores apenas apreciados por quem saber ouvir com paixão de vida.

Assim como velhos sentados em banco de jardim, planeamos loucuras fora de época, traquinices de meninice, nessas incursões com brilho verde-mar!

Esse alento que me transmites nesse sorriso rasgado como realmente eu fosse assim tão especial, que te torna especial e essencial.

Queria acordar com voz bonita e poderosa para te cantar, músicas cheias de conteúdo, ricas nesse sentimento que me mantém assim viva, Esses pedaços de algodão rosa com que me vais alimentado. Nesse resgate donde me retiras dessa angústia de desgosto de vida em que me viciei. Nessa entrega desmesurada a quem não me queria nem para cantigas.

Contigo tento aprender que nessa ilha deserta não há caminho, e que não posso viver presa naquilo que já não existe, se é que realmente alguma vez existiu.

Esta é aquela altura em te deparas perante as minhas pequenas linhas, e te interrogas que mesmo quando tento escrever verde-mar/esperança as palavras continuam a sair pesadas/pesarosas. J

Mas sigo tentando!


Maria

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