quinta-feira, 4 de março de 2010

Espero-te

Escrevo-te para tentar colmatar esse tempo que ainda falta para chegar a nós! Já me gozam com este pseudo diário de nós…Eu até consigo compreende-los…Deve ser maçador ler sempre mais do mesmo… Será que sou eu que insisto em escrever-te ou eles em lerem-me. Jogo apenas com as palavras para não de dizer já assim de chofre eu amo-te! Ou por ser tímida demais para agradecer a quem lê de nós! Porque é bom tê-los assim perto de nós…Acaba por encurtar a distância fantasiosa que é o nosso mundo fechado de nós! Assim com esse jeito embalador dos comentários “deles”, o nosso mundo fica mais colorido e real do nosso verde-mar!
Amava ver a tua cara quando ligas esse teu minúsculo computador colorido de paz e vês o k escrevi para ti de nós. Tento tantas vezes vislumbrar o teu sorriso aberto, enquanto me perco aqui com as palavras que busco que melhor simbolizem esse sorriso que sinto como meu e para mim, assim tento tocar-te sem te mexer, sussurrar-te ao ouvido aquilo que sinto. Pintar com palavras aquilo que a minha mão não sabe pintar para ti, aquilo que a minha voz insiste em não saber cantar ou até declamar para ti!
Sei que me sinto impelida por uma paixão devastadora, mas que coabita com um amor sereno repleto de ternura, cumplicidade e desejo de partilhar o meu mundo em nós! Queria alcançar dar-te a mão e fazer-te viajar pelo melhor e pior da minha vida. Embarcar contigo numa viagem ao nosso passado, mostrar-te os meus amores de infância, queria que visses o melhor de mim, essa criança que tantas vezes embalas, quando ela é assaltada com esses pesadelos que por vezes nos visitam nas nossas noites quentes.
Amava que visses como já fui pura e doce, sem essa amargura que a vida nos tingem por vezes de cinzento… Precisava que essa minha pureza te tocasse na certeza absoluta como quase garante que me suportarás sempre que esse cinzento entre em mim sem pedir licença. São esses medos que por vezes me assaltam, como que um frio que me percorre a espinha, só de imaginar um dia não te ter. Sim sei que estou a ser infantil…Mas também sei que mo permites, porque é nessa construção de nós que assim com tanta meiguice me vou libertando dessas manchas que se me colaram nos dias sem sol, nos dias em que não consigo alcançar o mar, nesses dias mais parados e distantes de ti, me fazem vacilar nessa difícil corda que é manter o pacifico equilibro que nunca me tocou muito de perto.
Mas também sabes que por vezes me fazes sentir tanto de nós que quase julgo roçar a genialidade, nesses dias em o brilho se instala em mim, em que me sinto em paz para te amar assim devagar, em que consigo contagiar-te nos meus eternos vícios de horas a fio a ler de nós e a viajar entre velas e boa música, nesses planos quase loucos de verde-mar.

Espero-te!
M

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