quinta-feira, 18 de março de 2010

Palavras/Silêncio

Palavras

Procuro palavras, ditas/escritas recheadas de melodia colorida, que te sejam elucidativas do apego que tenho em ti! Durmo inquieta no desejo de chegar a nós! Pareço assim como um barco à deriva numa noite de nevoeiro! Apenas ansiando essa tua chegada. Só assim me sinto preenchida e sossegada. Inquietação de não encontrar palavras assertivas, que te continuem a entrelaçar e a encantar nessa dança de palavras que jogamos/construímos nesse caminho que tantas vezes tocamos o céu! Procuro inspiração no fundo da minha alma que apenas fica colorida com esse teu sorriso mel, que me prendeu desde o primeiro. Queria tocar-te todos os dias com uma surpresa que te encantasse para sempre em nós! Palavras que ouvirias noites a fio de mim, no calor do verão de mão entrelaçada, ou no pico do inverno nesse teu regaço quente!

Quero tu!

Silêncio

Jantar de suposta família, que supostamente deveria comunicar…nessa refeição gelada de comida pré confeccionada…único momento do dia de reunião de desencontros! Nesse gelo de ninguém, desesperante, de fraco encontro humano, crescem assim ao som da televisão, almas que se vão desintegrando… Algumas não se chegam sequer a formar, para sorrir/brilhar/amar. Gente que cresce apenas na rivalidade da chantagem dos dias de hoje, e no não amanha feliz… Mas basta uma estrela de quando em vez na nossa vida, para que fique gravado no fundo da nossa alma, essa luz brilhante do oposto que temos à nossa volta. Ficando assim armazenado no nosso banco de dados, coração/alma, o brilho de um verdadeiro ser humano, que te deu amor verdadeiro de bom, sem exigência de retorno obrigatório, nem chantagem emocional, para que um dia perante um amor verdadeiro, renasças e voes…

As tuas palavras no nosso silêncio

Tagarelo de tudo e de nada…Vale-me a tua paciência infinita de me ouvir. Não! Fazes muito mais, escutas-me. Assim com os olhos brilhantes, como que adivinhasses essa carência que me pesa de passado dorido e vazio. Conto-te de mim, do meu dia, até me prender no teu olhar doce e sedutor. Dou-me conta como conversas comigo sem sequer abrir a boca. O tempo pára nesse instante onde sinto o teu desejo de nós. Encostada no teu ombro forte, rendo-me assim a nós. Calo as minhas histórias de pessoa insegura, silencio essa dança de palavras de factos irrelevantes, para entrar em ti, nesse regaço que me eleva dessa vida miudinha, que tantas vezes nos faz balançar ao som de nada.

Embalas-me docemente nesse mundo só nosso, onde me perco em ti!

Maria

http://www.youtube.com/watch?v=VaEhRlpMrnE

Sheryl Crow - "Am I Getting Through?"

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