terça-feira, 9 de março de 2010

Sem nexo!

Quente e frio!

Procuro em mim a razão deste arrefecimento espero que de pouca dura, pois nem o brilho do sol me aquece a alma!Apetece-me gritar por ti, chamar-te a mim, mas sinto-me como que perdida, no meu próprio desentendimento. Já comecei a escrever vinte vezes, mas o melhor de nós nunca está por perto, quando mais necessitamos de inspiração! E precisamente hoje que precisava que as palavras deslizam-se de dentro de mim, te tocassem como uma festa doce! Precisava de te atingir com o brilho do sol, e acima de tudo entender onde me desviei desse caminho verde-mar!

Pedaços

Grito de alerta há muito preso na minha garganta! Ficará sempre comigo esse dia que tinha aí uns doze anos, e resolvi partir dessa vida onde me ia perdendo a cada dia que passava. Mesmo à miúda carente, sem rumo, com o seu super Ídolo distante, agarrei nuns poucos comprimidos para dormir, tomei aquilo que me pareceu uma enorme fatalidade, e sentei-me na minha papeleira de sempre, onde ainda guardo os meus tesouros de outrora, a escrever o que seria uma carta emocionada de despedida aos familiares que por lá coabitavam… Acordei seriam umas quase seis da tarde, com uma dor de cabeça terrível, e tudo continuava no mesmo sítio frio de todos os dias….

Crescer

Há muito que aquela criança se sentia perdida e só…Não conseguia olhar-se ao espelho com olhos de ver…Cada vez que se mirava só via defeitos, ausências e desamor! Alguns idiotas diziam-lhe que bastava tirar os pelos para se tornar naquela princesa dos sonhos da televisão! Zangada consigo e com o mundo, sonhava em cortar-se, ferir-se tão fundo que alguém viria dar-lhe esse tão desejado colo! Todo o mimo que lhe davam ainda a enfurecia mais, zangava-se cada vez mais com o colo de sempre, incapaz de perceber que a responsabilidade não era do colo de sempre… Mas do outro!

Choro

Choro por dentro de ti… Entendo que sou sempre mais do mesmo, a mistura explosiva de um bébe num corpo de alguém que sabe demais do amor! De tão embrulhada nessa defesa do desamor crónico, com tanto medo de falhar, que sem querer e sem se dar conta se perde à volta dos seus próprios medos! Podia dizer que o teu feitio é de difícil entendimento, mas pesam-me demasiados falhanços para que me engane com inverdades de nós! O dia está pesado demais sem que o telemóvel se encha dos teus toques e retoques que me dão alento para esta rotina tão pouco uniforme que transformei a minha vida!Anseio chegar de novo ao entendimento de nós, agarrar essa onda verde-mar e mergulhar nessa viagem, que me faz sentir viva! E amada!


Maria

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