sexta-feira, 9 de abril de 2010

Menina!

Escrevo-te estas linhas, porque decidi calar-te em mim, de vez. Sim, custa-me e dói-me! Mas já não aguento o teu sorriso doce perante esse colo em que te deitas e me viciaste. Não sobrevivo mais ao teu entusiasmo desmedido em que vives, sempre sobressaltada para ires. Vives assim encantada, bamboleando-te nessa corda frágil que é o meu equilíbrio, de si ténue. Assisto daqui sentada à inquietude do teu verde-mar, contemplando o telemóvel ansiosa pelo chamamento do teu colo/regaço.
Qualquer toque ou retoque te faz feliz, pulas e saltitas à minha volta, tentando arrancar-me um sorriso de esperança. Fico assim no meu eterno sem jeito, mirando-te, tentando resistir-me a ti, nessa tua entrega a verde-mar.
Acreditas puramente nesse colo/regaço, vibras com rebuçado/sorriso, festa/beijo, vives para esse momento. Essa espera leva-me ao desespero, remete-me para um passado /presente, em que já me cruzei com essa imensidão de amor verde salpicado pelo mar, em que fui roubada desse abraço/regaço. O dia desse assassinato vive em mim como passado/presente, num não futuro, como uma nuvem que a qualquer momento se evapora entre os dedos.
É dessa iminente e constante perda, na qual me embrulho, sofro e faço sofrer! Sei que não me entendes, que me vais censurar por eu não ser suficientemente forte para viver em ti essa esperança, não ser leve para voar apenas na tua alegria, no teu desejo verde-mar, colo/regaço.
Sei que não aguento outra partida…
Maria

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